Vivemos uma época realmente cheia de perguntas sem respostas, uma das
que mais me faço é como alguém ainda tem coragem em ter empresa no Brasil. Com
todas as pessoas que falo, estão sofrendo do mesmo mal, seja qual for a
região do país, falta de mão-de-obra.
Quem trabalha com seleção
poderia falar melhor, mas cada vez se torna mais difícil manter pelo menos
estável esse turnover. Muitos chegam às portas das empresas suplicando por uma
oportunidade de trabalhar por “n” motivos que muitas vezes são listados com
lágrimas nos olhos: família para alimentar, muito tempo de desemprego, aceito
qualquer coisa para me inserir no mercado, ninguém mais aceita pessoas de idade
e por aí vai.
O grande problema é que aí
você dá a oportunidade e aquela humildade se mantém por uma semana, duas e às
vezes mais, porém grande parte nunca resiste ao término do período de
experiência começando as reclamações, onde tudo está ruim, tudo que a empresa
faz é arbitrário, e em momento nenhum quero dizer que ninguém deva se submeter
a condições ruins pela necessidade, mas que aumenta o número de pessoas que
estão nas empresas e simplesmente não querem trabalhar, que reclamam de tudo,
mas não perdem a chance de interromper sua jornada de trabalho pela conversa, o
cafezinho ou até mesmo várias e demoradas idas ao banheiro.
Essa semana li um
comentário em uma rede social de um funcionário de certa corporação
desabafando, chamando de desrespeito trabalhar na virada do ano e eu pergunto:
Onde está o desrespeito se você trabalha de turno e já conhece as implicações
disso?
Realmente convivo a mais
de 15 anos em ambientes profissionais e mudou muito o modo de ver o compromisso
com o que se propôs a fazer, com a felicidade em ver dar certo e o mais é
consequência. Usa-se tanto a qualidade de vida como desculpa para não trabalhar
e cada vez mais não conseguimos explicar porque muitos não se desenvolvem
pessoalmente, mas é fato de que muitos estão preocupados simplesmente com o
salário esquecendo-se de aprender com o dia a dia.
Não sei como virá e nem se
virá um “freio de arrumação” eficaz, mas algo precisa acontecer.
Esse texto eu escrevi originalmente no Linkedin em 04.01.2016, pleno enfervecer da crise e esse cenário já mudou um pouco, mas falta muito ainda para termos muita gente na busca de uma identificação com a empresa onde trabalha e além de tudo ter fé e perseverança sempre e não está ali somente pelo salário porque esse nunca vai ser o suficiente para te manter inteiro na busca do seu objetivo.
Espero ter contribuído e, por favor, não deixem de comentar.
Grande abraço!
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