quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Dando o que meu filho precisa

Em dias que as preocupações da vida e o corre-corre nos arrebatam, muitos estão investindo suas energias e tempo na aquisição de bens e dinheiro, busca sempre bem pautada na busca por um futuro tranquilo e uma vida melhor para os filhos lhes ofertando tudo aquilo que não tivemos em nossa infância acreditando que isso vai tornar a vida deles melhor e repleta de felicidade.

Acredito que dificilmente paramos para pensar que as situações que tivemos que viver provavelmente nos creditaram chegar ao ponto que nos encontramos hoje. As dificuldades que a vida nos trouxeram em outros momentos nos forçaram a desenvolver habilidades necessárias para enfrentar o mundo dos adultos cheio de responsabilidades e contas para pagar. 


O interessante é que crescemos e as vezes achamos que as melhores “coisas” que podemos comprar para nossos meninos é o que os fará felizes, porém eles mesmos nos dizem o contrário. Meu filho Matheus logo cedo mostrou uma paixão por bateria e assistia todos os vídeos possíveis de garotos tocando bateria no youtube (ele só tinha 2 anos) e usava o sofá, cadeiras, o que achasse para tocar bateria usando talheres como baquetas e eu comovido comprei uma bateria para ele, a qual ele ficou hiper feliz quando viu o instrumento que só durou uns cinco dias, pois o menino bate forte e você acha que ele ficou triste, depressivo, sem fome por causa disso? Que nada, ele voltou a tocar no sofá e a alegria continuou contagiando a casa.

Longe de mim, dizer que é errado fazer mimos aos filhos, mas começo a refletir que mais importante que isso é a presença, orientação, carinho, tempo e energia dedicados aos mesmos, para que quando chegar o momento certo o nosso legado na vida deles seja tão evidente que eles não possam esconder.

A nossa geração por muitas vezes tem corrido tanto por uma vida mais tranquila que nem dá tempo para desfrutar o mínimo e um exemplo disso é que cada vez existem crianças com brinquedos sofisticados e cada vez menos a presença dos pais para desfrutar do crescimento dos filhos. Essa semana eu e Matheus fizemos a primeira tentativa dele andar de bicicleta sem as rodinhas as vésperas dele completar 3 anos apenas e vou dizer que é muita diversão e nossos jogos de futebol  1 contra 1 na quadra do condomínio é um verdadeiro clássico do futebol mundial.


Matheus que faz natação desde os 3 meses de idade, faz uns 4 meses que começou a nadar sozinho na aula e logo que chegou em casa me falou: “-Papai, estou nadando sozinho, você vai comigo?” Como eu poderia negar um pedido desses? Arranjei um tempinho e fui em uma das aulas seguintes.



Tenho aproveitado da melhor maneira o meu tempo com ele, contando histórias, jogando bola, montando quebra-cabeças, curtindo uma praia, umas idas no shopping e não esquecendo de já passar um pouco de conhecimento mostrando a ele quando algo é caro e mesmo que ele queira papai não vai comprar, que precisa cumprir com as tarefinhas da escola e sempre que se sai bem no que pedimos uma casquinha de R$3,00 no shopping faz a nossa festa.


Encerro essa reflexão afirmando que devemos investir naquilo que tem valor e nem sempre é dinheiro, faça a escolha certa. Nenhuma carreira, nenhum status, nenhuma riqueza vale arruinar sua família.



"Pois, que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?" (Marcos 8.36)

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