sexta-feira, 23 de março de 2018

Da súplica à desistência da vontade de trabalhar em apenas 3 meses, o que está acontecendo?



Vivemos uma época realmente cheia de perguntas sem respostas, uma das que mais me faço é como alguém ainda tem coragem em ter empresa no Brasil. Com todas as pessoas que falo, estão  sofrendo do mesmo mal, seja qual for a região do país, falta de mão-de-obra.

Quem trabalha com seleção poderia falar melhor, mas cada vez se torna mais difícil manter pelo menos estável esse turnover. Muitos chegam às portas das empresas suplicando por uma oportunidade de trabalhar por “n” motivos que muitas vezes são listados com lágrimas nos olhos: família para alimentar, muito tempo de desemprego, aceito qualquer coisa para me inserir no mercado, ninguém mais aceita pessoas de idade e por aí vai.

O grande problema é que aí você dá a oportunidade e aquela humildade se mantém por uma semana, duas e às vezes mais, porém grande parte nunca resiste ao término do período de experiência começando as reclamações, onde tudo está ruim, tudo que a empresa faz é arbitrário, e em momento nenhum quero dizer que ninguém deva se submeter a condições ruins pela necessidade, mas que aumenta o número de pessoas que estão nas empresas e simplesmente não querem trabalhar, que reclamam de tudo, mas não perdem a chance de interromper sua jornada de trabalho pela conversa, o cafezinho ou até mesmo várias e demoradas idas ao banheiro.

Essa semana li um comentário em uma rede social de um funcionário de certa corporação desabafando, chamando de desrespeito trabalhar na virada do ano e eu pergunto: Onde está o desrespeito se você trabalha de turno e já conhece as implicações disso?

Realmente convivo a mais de 15 anos em ambientes profissionais e mudou muito o modo de ver o compromisso com o que se propôs a fazer, com a felicidade em ver dar certo e o mais é consequência. Usa-se tanto a qualidade de vida como desculpa para não trabalhar e cada vez mais não conseguimos explicar porque muitos não se desenvolvem pessoalmente, mas é fato de que muitos estão preocupados simplesmente com o salário esquecendo-se de aprender com o dia a dia.

Não sei como virá e nem se virá um “freio de arrumação” eficaz, mas algo precisa acontecer.

Esse texto eu escrevi originalmente no Linkedin em 04.01.2016, pleno enfervecer da crise e esse cenário já mudou um pouco, mas falta muito ainda para termos muita gente na busca de uma identificação com a empresa onde trabalha e além de tudo ter fé e perseverança sempre e não está ali somente pelo salário porque esse nunca vai ser o suficiente para te manter inteiro na busca do seu objetivo.


Espero ter contribuído e, por favor, não deixem de comentar.

Grande abraço!


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terça-feira, 20 de março de 2018

1º emprego: O que importa mais: Quanto vou ganhar ou o quanto vou aprender?



Nossa realidade capitalista nos remete a esse tipo de questionamento, mas para quem já tem uma trajetória de vida fica fácil por observação da própria vida verificar se errou ou acertou nessa questão.



Ainda me lembro de quando fiz o curso de eletrônica básica com manutenção de rádio e TV e aos 13 anos aqui no centro de Salvador-Ba, e fui ser estagiário em uma assistência técnica da CCE e ganhava meio salário mínimo que na época devia ser uns R$50,00. Nem me recordo se conseguia fazer algo com aquele dinheiro além de pagar transporte e tirar xerox, mas me alegrava a cada defeito detectado, cada conhecimento adquirido e o respeito dos familiares que me davam uma gorjeta para eu limpar cabeçote de vídeo cassete (muita gente não vai entender do que estou falando, rsrsrs).

No início de 1997 finalizado o 1º grau, passei para o tão sonhado curso de eletrônica no CEFET-Ba e no início desse mesmo ano consegui a oportunidade de ir trabalhar em uma oficina de injeção eletrônica que era uma das primeiras da Bahia no ramo e acreditem eu não ganhava nem o almoço. De forma alguma estou aqui reclamando, passei 3 meses investindo no conhecimento em injeção eletrônica e quando eu seria realmente contratado optei por só estudar pois a rotina do CEFET-Ba era muito corrida para um aluno vindo de escola particular era um mundo totalmente diferente e muito mais exigente, pois agora lidávamos com uma liberdade cheia de responsabilidade, já que ninguém se importava caso não aparecesse as aulas e muito menos se alguém era jubilado por 2 anos perdidos consecutivamente, responsabilidade total do aluno.

No 3º ano de CEFET-Ba já comecei a estagiar em uma empresa de manutenção de celular na qual adquiri também muito conhecimento  e fiquei ali até me formar. Após minha formatura fui para S. Paulo a convite de uma empresa  de implantação de telefonia celular e que estava iniciando a implantação da TIM-SP e depois em todo Brasil e Chile, quando minha carreira começou a deslanchar e meus ganhos ficarem compatíveis com meu nível de experiência.

Contei toda essa parte da minha história porque fico perplexo em ver profissionais ansiando altos salários sem nem terem começado a trabalhar pensando que o título é o suficiente e não compreendem que a bagagem prática conta muito. Muitos fazem um curso baseados em pesquisas de níveis de salário e muitas vezes não se perguntam quanto tempo um profissional leva para atingir aquele patamar.

A oportunidade do 1º emprego ou estágio precisa ser levada na pegada de adquirir o máximo de conhecimento prático, de desenvolver relacionamento interpessoal no ambiente de trabalho, entender que é fase de crescimento e depois de amadurecido ninguém vai tirar isso de você. Muitos não entendiam meu proceder, mas hoje veem os frutos e são só elogios. Não estou dizendo para ninguém se deixar ser explorado, porque existem empresas também onde você vê que não te passam tarefas que agregam valor de conhecimento e nem te remuneram como deveriam, então é hora de mudar. O grande problema é que as pessoas tem se preocupado tanto com quanto vão ganhar que acabam não se preocupando em aprender com o que aquele momento te oferece  e mostrar que podem sempre mais.

Sei que é difícil dar um passo de cada vez, mas não adianta sem experiência nenhuma imaginar que vai sair de um curso de engenharia, por exemplo, ganhando o piso do engenheiro, mas existem exceções sem experiência prática, mas com inglês fluente, ou entrando por meio de programa trainee em grandes corporações. Aos que não são exceção observem direitinho o que podem extrair de toda experiência que tiverem oportunidade de viver.

Que em tudo que você se proponha a fazer, faça o seu melhor.

"Vós, servos, obedecei a vossos senhores segundo a carne, com temor e tremor, na sinceridade de vosso coração, como a Cristo, não servindo somente à vista, como para agradar aos homens, mas como servos de Cristo, fazendo de coração a vontade de Deus, servindo de boa vontade como ao Senhor, e não como aos homens.
Sabendo que cada um, seja escravo, seja livre, receberá do Senhor todo bem que fizer." (Efésios 6.5-8)



Espero ter contribuído e, por favor, não deixem de comentar.

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