Vivemos em uma sociedade de
relações cada vez mais complicadas, tão complicadas que já geraram os mais
diversificados estudos para tentar explicar o quão difícil o relacionamento
interpessoal tem se tornado. Além de que hoje as ofertas de cursos de
inteligência emocional estão crescendo cada vez mais, e existem muitos cursos
sérios, mas o que será que aconteceu com a nossa sociedade que antes não
precisava desse tipo de artifício? Ou pelo menos era mais controlado.
Às vezes tenho meus pensamentos tomados
por assalto por esse tipo de assunto. Por que será que as pessoas estão cada
vez mais sensíveis? Onde não podem ser repreendidas e nem cobradas de forma
mais áspera, ou ainda possuem sempre quem e/ou o quê apontar como o real motivo
para algo não ter dado certo.
Será que esse é o resultado de
uma geração de filhos únicos? Ou geração dos nascidos de parto cesariana? Ou geração
das redes sociais? Quem terá essa resposta?
Vejo que as redes sociais e
aplicativos que aproximaram as pessoas ao mesmo tempo enfraqueceram os
relacionamentos e você pode me perguntar: como? As pessoas realmente esquecem
que as fotos das redes sociais não querem dizer muito, pois as crises e
momentos difíceis não estão nas fotos, mas sim entre os “clicks”. E esses
momentos é que provam os relacionamentos e fortalecem, mas muitas pessoas têm
acreditado que vida difícil é apenas a sua, que somente eles tem problemas,
seja no trabalho, no casamento, na igreja, gerando em si mesmos uma expectativa
de que tudo seria bom se não existissem as “tensões” que são normais nos seus
relacionamentos. De um tipo de observação dessas é que deve ter nascido a
expressão de que a grama do vizinho é sempre mais verde. E aí muitos acreditam
que fácil é fugir dos relacionamentos onde existem questões a serem resolvidas, sendo que não
existirá no mundo real relacionamentos que não tenham questões a serem
resolvidas.
Talvez outro motivo seja que
pessoas tem colocado muita expectativa no “outro” tornando-se pessoas fáceis de
serem magoadas, pessoas paralisadas na vida aguardando que os outros sirvam aos
seus caprichos, sem ressalvas, reclamações ou repreensões. O interessante é que
percebo essas pessoas andando na contramão. Quando assumimos o controle e a
responsabilidade agindo como um “motorista-defensivo” percebo que o sucesso
nessas questões será mais tangível. Veja abaixo a definição de direção
defensiva:
Dirigir ou pilotar defensivamente é o modo de dirigir ou
pilotar para evitar acidentes,
apesar das ações incorretas dos outros e das condições
adversas.
Você pode
repetir em voz alta o último trecho: “apesar das ações incorretas dos outros e das
condições adversas.”
Olha como
isso é intrigante, no dia que decidimos e somos autorizados a dirigir devemos
nos preocupar em dirigir defensivamente e por definição é não envolver-se em
acidentes independente se a ação de risco foi minha ou não, ou seja, a reflexão
no caso de um acidente não deveria ser quem é o culpado, mas sim o que eu
poderia ter feito para evitar ou até mesmo o que poderia ter feito para não
estar envolvido nessa situação. Como isso
facilita a relação assumindo o meu papel e
olhando de forma racional para o que envolve o ocorrido e de preferência que
essa reflexão me livre do envolvimento em um acidente.
Quando se trata de relacionamento a
bíblia também nos leva na direção do próximo, mas olhando para nós mesmos e a
nossa intenção quando diz:
E o segundo, semelhante a este, é:
Amarás o teu próximo como a ti mesmo. (Mateus22.39)
A bíblia não nos orienta a dispensar o nosso amor ao próximo
pelo que ele pode oferecer, mas fazer isso diante do que desejamos para nós e
isso basta, mas o que acontece é o contrário, nos chateamos porque gostaríamos que
o nosso semelhante agisse como nós agiríamos e nem sempre isso é possível, pois
além de sermos seres humanos distintos, tivemos bases distintas. Você pode ser
filho de uma família feliz e estruturada com a condição financeira estável,
enquanto o seu próximo viu a mãe ser assassinada, ou a separação de seus pais,
veio de família muito pobre, foi criado longe da família. Na verdade o que
quero exemplificar que as impressões que trazemos em nós vai dizer como nós
enxergamos o mundo e quando temos consciência disso posso caminhar mais atento
a entender o “novo”. Quando sou advertido tenho que entender que posso até não
ser o causador da culpa, mas preciso entender como eu fui parar no meio dessa
situação já que a bíblia nos diz:
“Examinai tudo. Retende o
bem.
Abstende-vos de toda a aparência do mal.”
(1 Tessalonicenses 5:21,22)
Abstende-vos de toda a aparência do mal.”
(1 Tessalonicenses 5:21,22)
Se a ideia é para livrar da
aparência do mal, basta parecer mal e será o suficiente para eu não estar ali,
estando eu atento a isso, minhas chances de sucesso serão enormes.
Outro dia conversava com um dos
meus mentores, o pastor Robson Fagundes, sobre como as empresas estão muito
mais na busca de pessoas emocionalmente capacitadas para relacionar-se no
trabalho do que as que dominam a técnica e é a grande verdade, pois os seres
humanos estão cada vez mais complicando essas relações até chegarmos no “assédio
moral”, que longe de mim dizer que não existe de fato, mas que abriu um leque
enorme para defesa de indivíduos procurando onde esconder sus falhas e que
digam isso os professores o que têm sofrido com seus alunos e pais, não
profetizo, mas não vai demorar para repreensão de professor virar assédio moral.
Você deve estar meio confuso e confesso que eu também estou
pois cada parágrafo aqui dá abertura para grande discussão e entrar por outros
temas, mas eu gostaria de finalizar dizendo que devemos mudar o título dessa
reflexão para: “O que as pessoas podem esperar de mim?” Percebeu que agora você
está no controle e seria uma boa atividade se você pudesse agora descrever isso
num papel o que realmente o mundo pode esperar de você. Eu vou começar a escrever
o meu agora...
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